Associação de Amigos no Combate ao Câncer


97% dos nódulos na tireoide não são câncer

01/08/2012 08:44
Diagnóstico preciso proporciona melhor qualidade de vida aos pacientes
 
Em 97% dos casos, a presença de um nódulo na tireoide não significa que a pessoa esteja com câncer. A doença é detectada, geralmente, em 3% dos casos. Dados do Instituto Nacional do Câncer revelam que esse tipo de câncer tem baixa ocorrência e costuma apresentar ótima evolução. Entretanto, pacientes com história de irradiação prévia na região do pescoço ou com histórico de doença tumoral tireoidiana na família deverão ser submetidas a uma pesquisa clínico-laboratorial e exames de imagem mais minuciosos.
 
De acordo com o médico radiologista Osmar Saito, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, distúrbios da tireoide podem ser diagnosticados por um simples exame de sangue em que são realizadas as dosagens dos hormônios tireoidianos T3 e T4, além do TSH – hormônio produzido pela hipófise e que estimula a tireoide a produzir seus hormônios. “Também poderá ser solicitada a dosagem de auto-anticorpos. Entretanto, quando o médico clínico ou o endocrinologista suspeitar da presença de nódulos, poderá sugerir a realização de exames complementares, como ultrassonografia, cintilografia ou mesmo uma biópsia”.
 
Como o Brasil tem proporções continentais e nem todos os centros diagnósticos podem contar com equipamentos de ponta e operadores bem treinados, há casos em que é preferível se concentrar nas características apresentadas pelo ultrassom para tentar selecionar os nódulos com risco aumentado para câncer.
 
“O sucesso do médico que realiza a ultrassonografia da tireoide está na realização desse procedimento com equipamento sensível e transdutor de frequência apropriada. É fundamental estar bem informado sobre a história clínica da paciente para ser objetivo quanto ao que procurar durante o exame, utilizando a técnica corretamente, produzindo boa documentação fotográfica e descrevendo as alterações significativas no corpo do laudo, principalmente os critérios necessários para análise do risco do nódulo tireoidiano. Esses passos certamente beneficiarão a paciente, bem como irão satisfazer as dúvidas e anseios do médico solicitante do exame”, diz Saito.
 
Inúmeros estudos mostram que as mulheres têm três vezes mais chances de desenvolver distúrbios da tireoide entre 30 e 40 anos, principalmente o hipotireoidismo. “Nesse caso, a glândula tireoide – que tem a forma de uma borboleta e está localizada logo abaixo da saliência conhecida como “pomo-de-adão” – passa a apresentar redução na quantidade de hormônio tireoidiano (T3 e T4), comprometendo diversas funções do organismo. Um diagnóstico preciso é fundamental para garantir melhor qualidade de vida às pacientes”, diz o especialista.
 
Fadiga, enfraquecimento das unhas, queda acentuada de cabelo, sonolência, ganho de peso, constipação e dor no corpo são alguns dos sintomas da doença, que variam de pessoa para pessoa. Algumas chegam a apresentar depressão e perda de memória. Com tantas manifestações distintas – que podem ocorrer isoladamente ou ao mesmo tempo – o diagnóstico preciso é cada vez mais decisivo para poder controlar o problema e seguir com um tratamento adequado.
 
Fonte: Dr. Osmar Saito, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo. (www.cdb.com.br)

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